de Lambuja · Degustando o verbo

Como o seu blog fala?

Isso, estou aqui exatamente para falar sobre a linguagem dos blogs. Porém, antes, adentrarei em um tema que deixa qualquer especialista em línguas bem nervosinho – e pessoalmente, eu concordo com estas figuras. O “internetês” se popularizou bastante e aquelas contrações de palavras e termos próprios da internet acabaram saindo da mesma e conquistando a vida fora dela. PAREM COM ISSO! Cada coisa tem o seu lugar, ok?! Usem sem moderação o internetês nos espaços apropriados, mas PELO AMOR DE JAH, só lá. Não vá fazer uma redação para sua professora usando VC.

Como tudo na vida, é preciso ter bom senso e saber a hora de usar as coisas. (Sylvia Bittencourt, Professora de Língua Portuguesa e Literatura)


Aproveito para acrescentar à temática acima que eu não respeito blogs que utilizam o internetês. Acho que no blog temos espaço suficientes para escrever palavras inteiras, com sentidos completos. O que não é a mesma coisa não somente por espaço, mas também por tempo, que é natural utilizar as abreviações em serviços de mensagens instantâneas, SMS, Twitter e afins. Até no Orkut e no Facebook ainda é perdoável, apesar de eu não adotar nestes dois últimos serviços.

Agora vamos ao que interessa:

Tenho percebido que a maneira como alguns blogs expressam opiniões e desmistificam conceitos – e desmistificam é a palavra – fazem toda a diferença na aceitação pelos leitores da veracidade ou compreensão daquele conteúdo. Afinal, clareza é tudo e para confundir pessoas já existem termos científicos a torto e a direito por aí.

Ou seja, quanto mais objetivo e claro você for, mais leitores seu blog irá alcançar. Quando busca respostas na internet espera que estas sejam tão rápidas quanto o conceito de internet determina. Dinamismo, velocidade e interatividade. Nem vou entrar no mérito das tantas e tantas informações forjadas e ou incorretas presentes na rede. Isso é assunto para uma outra hora.

O que estou querendo dizer é que, se o seu blog trata de um determinado assunto, digamos assim economia por exemplo, se você quer utilizar bem a ferramenta de alcance, use uma linguagem diferente daquela do economês jornalístico ou o científico que só os economistas entendem. Quanto mais breve, claro e objetivo você for, mais você será encontrado e indicado por leitores leigos no assunto como um todo que estão interessados em pequenos subtemas. Por que né?! nem todo mundo quer saber de tudo.

O Lambujja, por exemplo, é um blog pessoal. Não tem temática definida, mas vira e mexe trato de assuntos tais quais voltados para a política, as comunicações e as tendências na rede. E quando vou tratar desses assuntos de forma didática, uso a linguagem mais simples e como você pode perceber, praticamente converso com o meu leitor. Para mim, o desenvolvimento flui melhor, para o leitor fica mais fácil compreender. Não estou dizendo que é o melhor método, mas para o meu blog tem sido.

Um blog que gosto de ler é o Artilharia Cultural, bem pontual em suas críticas e também adota o “conversando com o leitor” nos posts. Já o meu predileto, não só pela temática “vida de jornalista” a qual muito me interessa, Desilusões Perdidas, ganha esse destaque porque são crônicas, pequenos contos que levam os leitores à uma realidade paralela realizando cada cena, bem descrita, apesar de nem todos os posts serem longos. Duda Rangel usa bem a propriedade da linguagem.

Se você busca ser compreendido em seus posts, use disso: linguagem simples, clara, objetiva e completa. Quando houver termos complicados ou muito específicos a determinadas especialidade, desdobre-os! O que é desdobrar? Explicar, dar sentido e no caso das siglas, dizer o que cada letra representa. Com certeza, além do seu público alvo, você também irá alcançar (talvez em maior número) os mais leigos. Até porquê, se você escreve na rede, deve estar afim de democratizar a informação, mas se  você não a torná-la realmente acessível a todos, dará na mesma. Daí, é melhor escrever um livro ou se limitar às suas redes sociais e messenger.

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